Tem jeito?

Problemas não faltam para o governador do DF, que tem sua gestão marcada pela crise hídrica, por problemas crônicos de caixa e também pela relação complicada com a fisiológica e oportunista Câmara Legislativa do DF. Parece, agora, que há uma “agenda positiva” (ponhamos aspas…) em curso. Com efeito, Rollemberg acaba de anunciar a desobstrução da orla do Lago Paranoá, a desativação do Lixão da Estrutural, bem como pressões para que famigerada Câmara Legislativa aprove a liberação de recursos para a unificação da Previdência dos servidores. Neste último quesito ele entra em território onírico, afirmando que isso lhe permitirá contratar “milhares de servidores da área da Saúde”, e assim voltar a por para funcionar serviços diversos fechados nos últimos anos por falta de pessoal.

Aqui cabem algumas perguntas que não querem calar, por exemplo:  isso implicaria em manter a estrutura dos serviços como está? A atenção básica, ou, se quiserem a porta de entrada no sistema, será contemplada de forma diferenciada? O atual sistema de centralismo decisório e financeiro será mantido? As UPA voltarão a funcionar de acordo com uma proposta adequada, de nível intermediário entre a atenção básica e o nível hospitalar? As patranhas e mumunhas corporativas continuarão a dar o tom nos serviços locais de saúde? As possibilidades de se ter gestão diferenciada e isenta de politicagem e estabilidades perversas, como acontece em modelos já testados aqui (Hospital da Criança, como exemplo), terão sua hora e vez? As excelências do legislativos e dos sindicatos continuarão a ser os fatores condicionantes restritivos habituais  das decisões do Executivo? E por aí vai…
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