As eleições se aproximam e apenas alguns (pré) candidatos anunciam, com clareza mínima. o que pretendem fazer em relação ao nosso combalido sistema de saúde. Rollemberg,, que está no poder, está sendo mais explícito, considerando que podemos imaginar que dará seguimento à sua política de “conversão” para a atenção básica. Fátima Souza, justiça seja feita, tem propostas concretas, também. Jofran Frejat certamente se apegará ao seu passado e defenderá “o mais do mesmo”, ou seja, a repetição do que já fez antes e talvez já tenha sido superado. O General dirá que vai nomear um Coronel para a SES-DF… De olho nos chamados “evangélicos’ (temendo evitar uma generalização indevida) é provável que estes – e os demais candidatos – serão assediados (e gostarão muito disso…) pelos pastores pentecostais, em busca de bons negócios, que lhes acrescentem dividendos aos dízimos… E não me surpreenderá que tal negócio possa incluir a operação de unidades do sistema de saúde através de organizações “sociais” constituídas ad-hoc. Anotem o que estou dizendo. E saibam mais…
Assim, trago a vocês um documento que expressa a posição da Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde (APS) da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), que leva em consideração a realidade histórica do SUS e, particularmente, da Estratégia Saúde da Família e contém proposições para compor a agenda política e estratégica para o sistema de saúde brasileiro.
O que está lá, em linhas gerais, é o seguinte (veja o link ao final para conhecer o documento completo).
<<A APS que queremos no SUS incorpora a essência dos princípios de Alma Ata: a atenção essencial, base de um sistema público de saúde de acesso universal com financiamento e prestação públicos; inseparável do desenvolvimento econômico e social e do enfrentamento dos determinantes sociais para a promoção da saúde, fortalecendo a participação social. A APS que queremos para a garantia do direito universal de acesso a serviços de saúde no SUS estabelece primeiro contato de fácil acesso resolutivo e de qualidade, que garante atenção oportuna, integral, integrada e contínua com orientação familiar e comunitária. Seu modelo assistencial enfatiza a promoção da saúde, garante o equilíbrio entre cuidado individual e coletivo respondendo a necessidades individuais e populacionais. Fortalece os espaços democráticos de controle social e promove a participação ativa para a ação comunitária potente no território para mediação de ações intersetoriais para a promoção da saúde. Realiza-se por equipes multidisciplinares com profissionais de saúde com formação adequada para a APS integral. Sustenta-se em financiamento suficiente e equitativo e na gestão pública democrática, participativa e transparente. >>
O documento sustenta que a Atenção Primária à Saúde deve ser consolidada nas cidades brasileiras, como porta de entrada aberta, acessível e resolutiva para o atendimento em redes regionalizadas de saúde, com redução das barreiras de acessibilidade organizacionais, geográficas e culturais, garantindo o respeito às identidades de gênero, étnicas e valores locais, além de , fundamentalmente, garantir o acesso à atenção integral por meio da coordenação do cuidado pela APS nas redes regionalizadas de atenção à saúde
Os seguintes tópicos são contemplados e seu detalhamento pode ser visualizado no link ao final.
- Universalização do acesso à APS resolutiva e de qualidade
- Agentes Comunitários de Saúde: sujeitos da ação comunitária no território para a promoção da saúde
- Financiamento suficiente e equitativo para a APS integral
- Fortalecimento dos espaços democráticos de participação e controle social
- Mediação de ações intersetoriais para incidir na determinação social, promover a saúde e reduzir as desigualdades
- Gestão pública democrática, participativa e transparente
- Formação de profissionais de saúde para a APS integral
Acesse o texto completo aqui: http://rededepesquisaaps.org.br/2018/07/06/contribuicao-da-rede-de-pesquisa-apsabrasco-para-a-formulacao-de-uma-agenda-politica-estrategica-para-a-aps-no-sus/

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