Recebo de mais de um de meus “correspondentes” do Whatsapp, um texto com propostas sobre o que estaria por vir depois desta pandemia, que teria sido elaborado por cerca de 50 especialistas reunidos pela revista The Economist. Não confirmei se a matéria é verdadeira quanto à sua origem – hoje em dia nunca se sabe – mas sem dúvida ela traz conclusões que me pareceram razoáveis, embora pecando por certo otimismo, que me pareceu sem total correspondência com a realidade. Mesmo assim me senti tentado a aproveitar para expandir a tal conversa por minha conta e risco, com foco na saúde, seja no tocante às pessoas, individualmente, seja à maneira como organizá-la, socialmente. Eis que o futuro desta nossa área é certamente preocupante. Baseio-me, especialmente, no epílogo de tal documento, que nos alerta que inovação, tecnologia, além de um modo integrado de pensar serão a base da nova realidade e que assim, continuar fazendo o que sempre se fez é um caminho para a perdição, no que os autores, sejam eles quem forem, fazem um convite ao encontro de novas maneiras e vias de ação, individuais e coletivas. Veja a matéria completa (muito mal traduzida, por sinal) depois de meus comentários. Se que saber como Mateus entra nesta história, leia até o final…
- Trabalho remoto x socialização: a atual situação já abriu as portas para tal dicotomia e na saúde ela traz implicações imediatas. Serão perdidas, para sempre, as já combalidas relações interpessoais baseadas naquele “colóquio singular” tão decantado na literatura e honrado pelo Tempo? Os tais especialistas recomendam encarar de frente novas realidades em relação aos processos de trabalho humano em geral e eu vejo nisso repercussões evidentes na saúde. As tecnologias para tanto já existem, aliás, são até superabundantes em alguns casos e a pergunta é sobre como conciliá-las com a humanização e a atenção individualizada aos pacientes. Mas certamente na saúde haverá muitas situações nas quais o atendimento remoto não só é possível como também poupador de custos e deslocamentos, o que para muitas situações concretas pode ser vantajoso. Naturalmente, outras tecnologia, como a das visitas domiciliares, trabalho com grupos de risco, acolhimento qualificado, bem mais antigas por sinal, teriam que ser dinamizadas, o que implica na necessária valorização do trabalho em equipe, não só de ACS, mas de outros profissionais, conforme preconizado nas diretrizes da verdadeira Atenção Primária à Saúde. Roda já inventada, portanto, bastando colocá-la a girar. As análises atuais já apontam, aliás, que sistemas médicos adaptados ao mundo digital, com tecnologia remota, vieram para ficar. Assim, consultas médicas ou interação da equipe com especialistas, por teleconferência, por exemplo, serão consideradas normais e até desejáveis.
- A extinção dos mamutes: há forte previsão para o fechamento de empresas e de postos de trabalho de diversos tipos, face às tecnologias disruptivas existentes no cenário. Isso fez parte de um ciclo de expansão que vigorou entre os anos 1980-2020, mas que hoje se esgota. Assistentes digitais, seja como hardware ou software, trabalharão de forma cada vez mais eficiente. O passado de grandes e lerdas corporações será lembrado como os enormes mamutes já extintos. No meu entendimento isso valeria não só para mamutes, como para animais menores… A própria atenção primária precisaria rever muitos de seus procedimentos, por exemplo, fortalecimento da atuação em equipes horizontais, desenvolvimento de metodologias de apreciação de risco, instrumentos de aferição de valor e responsabilização na assistência, visitas domiciliares, trabalho com grupos de risco, locais diferenciados de práticas, remuneração por resultados, formação de cuidadores, promoção do autocuidado, além, é claro, da utilização cada vez maior de tecnologias digitais. A isso se somam a busca de soluções inovadoras (e não do “mais do mesmo”) para as crises de liderança nos empreendimentos humanos, que serão mais comuns a cada dia.
- Como previsto desde a década de 90, confirmado pelos estudos de Global Disease Burden, as questões de saúde mental tornar-se-ão tema recorrente na saúde pública e devem ser articuladas plataformas informacionais que poderão ajudar as pessoas a enfrentar as situações de agressividade, solidão e angústia que vivenciaram durante o isolamento atual. É uma visão otimista, certamente, que não obrigatoriamente terá curso igualitário em todo mundo atual. Há ainda muito a trabalhar e muito a criar e repensar neste campo.
- Estima-se que a hotelaria tradicional desaparecerá em pelo menos 50%, levando de roldão o chamado “turismo de trabalho”. Isso porque viagens, congressos ou reuniões de trabalho nunca voltarão a ser como eram, pois simplesmente poderão (e já podem) ser realizados online. Vale naturalmente também para os processos de capacitação de equipes, de forma a não justificar mais o fechamento de unidades em pleno horário de trabalho para “treinamento”. Poder-se-ia treinar em casa, por exemplo, com desconto de horários em bancos de horas, não mais com o cancelamento pura e simples de atividades. As famosas licenças para doutores irem a congressos , muitas vezes às custas do erário, certamente deverão ser revistas. Simples assim…
- Tudo isso tem implicações diretas no que hoje ainda se denomina “produtividade” nos serviços de saúde. Para um o futuro já imediato, tal questão não dependerá simplesmente de um chefe, tipo Big Brother, sempre à espreita funcionários, mas se dará por meio de plataformas que ajudam a medir resultados, key performances, tempos eficientes. Novas formas de contratação de pessoal fatalmente entrarão em cena, sepultando ou tornando obsoletas figuras como a estabilidade, a progressão por tempo de serviço e a própria noção tradicional de carreira. A formação pós profissional valerá mais do que o diploma de graduação. Será possível contratar, para alguns cargos, simplesmente os melhores do mundo, da cidade ou da região, mediante aporte de consultorias on-line, valendo inclusive para especialistas médicos, que fatalmente deverão dividir responsabilidades e conhecimentos com generalistas, diluindo seu poderia com eles. Hoje somos todos globais – lembram os que escreveram o documento.
- Na economia em geral, lembram os analistas, a força de trabalho será drasticamente reduzida e muitas operações simples serão desenvolvidas mediante procedimentos de Inteligência Artificial (I.A.) Alertam que “uma grande temporada global de demissões está chegando”, com origens por motivos multifatoriais e não apenas pela crise econômica. Na saúde seria assim necessariamente? Para algumas funções, sim, como no caso do pessoal das áreas-meio. Mas para os que se dedicam às áreas-fim, ou seja, ao atendimento direto de pacientes, mais do que ampliação de quadro deverá ocorrer um refinamento de qualificações e habilidades, com expansão para novos agentes de práticas. Na área do diagnóstico por imagens, por exemplo, as facilidades da comunicação instantânea já permitem que pacientes de Los Angeles ou Nova Iorque tenham seus exames analisados em Bombaim ou Calcutá.
- No quesito “educação”, as conclusões do referido estudo se aplicam diretamente ao campo da saúde. Vejamos, textualmente: “A educação nunca mais vai voltar a ser igual. Torna-se cara a cara, mas tecnologicamente adaptável. Cada um é o que precisa. Estudar offline e online será normal. Escolas e universidades são transformadas em um esquema híbrido para sempre”. Decorrência lógica e imediata é o foco na contratação de pessoal altamente capacitado para ocupar cargos importantes, embora possam ser aceitos candidatos sem formação universitária para outros cargos, desde que tenham a experiência necessária. Experiência portanto, mais do que formação específica (às vezes carente de pratica), passa a ser um atributo distintivo.
- Aspecto que interessa diretamente à área da saúde é o das mudanças climáticas e questões ambientais. Neste aspecto, o documento em foco aponta que isso será um assunto muito discutido e valorizado, mesmo com os negacionistas habituais “passando suas boiadas” (analogia por minha conta). As empresas, certamente as de saúde também, sofrerão grandes transformações para se adequar, com apoio de processos de Inteligência Artificial. A adoção de modos de vida saudáveis, a bicicleta como principal meio de transporte e a alimentação adequada, por exemplo, continuará crescendo. A previsão é de que do foco no Covid se passará para o foco na mudança climática como a questão principal. Embora me pareça ser excesso de otimismo, isso poderia representar, segundo os autores, grande oportunidade para a constituição de uma ampla “união global” a transformar e resolver grandes problemas. Da mesma forma, um certo iluminismo voltairiano dos mesmos indica que “tudo caminhará para o natural e saudável”, em termos de alimentos, experiências e forma de interação, com práticas diversas, tais como produzir a própria comida, meditar e se exercitar, utilização da permacultura. Ser mais saudável é o “novo luxo” – acreditam eles, assim como produtos suntuosos perderem valor e justificativa, além da reciclagem ganhar força. Mais uma vez, talvez estejam sendo otimistas demais, no meu entendimento.
- Os autores acreditam, também, em “novos modelos de informação” com mais transparência e controle de notícias falsas. Credibilidade e transparência serão a pedra angular das empresas e serviços, o que parece um bom projeto institucional para o futuro, mesmo imediato. A ver…
- Os autores acreditam, enfim, que “o mundo estaria vendo este ano de 2021 como um novo começo, um verdadeiro renascimento. As pessoas deverão reavaliar seus objetivos pessoais, de trabalho, saúde, dinheiro e espirituais. Grandes oportunidades estão surgindo para satisfazer todos esses requisitos e mudanças de pensamento. Um novo começo com valores mais reais. Muitos comportamentos são transformados e nunca mais voltarão. Acumular, consumir e viver pelo material são lados negativos, a serem evitados”.
- Mas concluindo, de minha parte, penso que algo ficou totalmente esquecido nesta análise, cujo foco é mais centrado na economia bruta do que nas implicações sociais: as perspectivas sombrias de que a desigualdade social continue a crescer ou, pelo menos, demore a se recuperar em horizonte de tempo mais próximo. Talvez as elucubrações presentes se refiram diretamente ao mundo mais desenvolvido, mas mesmo lá sabemos que que nem tudo correrá num mar de rosas. Em um país como o Brasil, já de antemão pobre, seja materialmente ou culturalmente, ainda mais com um governo irresponsavelmente negacionista e insensível como o que infelizmente temos , certamente o futuro ainda poderá ser tremendamente mais amargo do que estamos acostumados. Na saúde, então, nem se fala. O incremento previsto nos avanços tecnológicos de diversas naturezas certamente não será dividido igualmente por todos os cidadãos. E o dito dos evangelhos mais uma vez se confirmará, segundo Mateus (25:29): Pois a quem tem, mais lhe será confiado, e possuirá em abundância. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado.
Mas de toda forma, otimismo, idealismo e iluminismo à parte, não deixa de ser uma boa provocação para pensarmos sobre o nosso futuro como Humanidade, para não dizer como Brasileiros…
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Recebo pelo zap a informação de que a Gerência de Residência, Especialização e Extensão da Escola Superior de Ciências da Saúde acaba de lançar uma revista científica denominada Health Residencies Journal (HRJ), visando ser um “espaço científico para divulgação de pesquisas científicas e de relatos de experiências de residentes, preceptores, gestores dos programas de residência em saúde e das instituições executoras dos programas, públicas ou privadas”, com tiragem trimestral. Parabéns pela iniciativa! Nas próximas edições deste blog comentarei alguns dos artigos publicados neste primeiro número.
PS: Tal nome não me parece adequado… Primeiro porque o correto seria lançá-lo em português, tendo apenas como subtítulo a tradução para língua inglesa. Segundo, a palavra “residence”, de acordo com o Dicionário Webster, não tem conotação alguma com o processo de formação médica que a publicação procurar retratar.
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Conheça abaixo o documento completo:
1-Os humanos querem se socializar novamente, mas o trabalho remoto basicamente permanecerá o mesmo. O modelo de trabalho misto não é realista, vamos simplesmente continuar a trabalhar online a partir de nossas casas cada vez mais adaptadas e com reuniões em lugares divertidos e diferentes todos os meses para socializar e conectar. Vários espaços serão criados para grandes reuniões digitais com todas as soluções resolvidas. Ninguém quer viver no trânsito ou naquele redemoinho de informações e voltar a trabalhar.
2-Escritórios fecham com uma porcentagem muito alta e esse modelo retrógrado é tomado por tecnologias disruptivas. A cada dia teremos mais assistentes digitais para trabalhar de forma eficiente. Essas grandes corporações serão sempre lembradas como os enormes mamutes de 1980-2020 em extinção. As pessoas nem sempre trabalham assim e não trabalharão para sempre no mesmo esquema.
3-Os hotéis de trabalho desaparecem em pelo menos 50%. Viagens, congressos ou reuniões de trabalho nunca voltam como eram, se puderem ser feitos online. O turismo de trabalho praticamente desaparece. As chamadas se tornam chamadas de vídeo. Painéis internacionais em painéis online. Os grandes congressos em sistemas tecnológicos. Lançamento de novos produtos em formato digital e tecnologias inovadoras. Congressos apoiados pela A.I. Para receber experiências pessoais.
4-As casas tornam-se mais tecnológicas e adaptadas ao trabalho diário. Muitas empresas se dedicarão a resolver as necessidades de trabalhar em casa. A casa muda de local. Hoje você pode morar fora de uma cidade grande, trabalhar da mesma forma e gerar o mesmo valor. A localização física passa para um segundo mandato para empresas, mas para um primeiro mandato para trabalhadores.
5-A produtividade não depende mais de um chefe que te revê, agora é por meio de plataformas que te ajudam a medir resultados, KPIs e tempos eficientes. A forma de contratação de pessoal é repensada. Contratar os melhores do mundo hoje é mais fácil, barato e eficiente. Não haverá diferença entre contratar pessoal local e estrangeiro. Hoje somos todos globais.
6-Tudo o que é repetitivo torna-se virtual e em regime de assinatura. De igrejas, arte, academias, cinemas, entretenimento. Às vezes iremos para coisas físicas mas os números não darão para manter as infraestruturas físicas que tínhamos antes. Poucos lugares podem manter alguns modelos abertos. Em breve, serviços sofisticados de RV para uso doméstico.
7-Empresas que não investem assim menos 10% em novas tecnologias irão desaparecer. A tradicional empresa chegou ao fim em 2020. Resta esperar sua morte final. Com recursos limitados, as empresas exigem mais certezas e melhores investimentos. Uma empresa de tecnologia, fresca e nova hoje, pode substituir outra que tem feito o mesmo nos últimos 50 anos. À medida que o modelo de “cozinha escura” cresceu, muitos serviços copiarão o modelo.
😯 turismo para entretenimento retorna plenamente fortalecido no segundo semestre de 2021, sempre acompanhado de muita tecnologia na sua operação, desde a compra, a operação e as experiências a serem recebidas. As pessoas apreciam mais do que nunca visitar o natural mas com soluções altamente tecnológicas. Locais mais remotos, experiências mais autênticas suportadas com assistência digital 24 horas por dia, 7 dias por semana. A interação é a base do entretenimento do futuro. Faça parte, experimente algo autêntico e descubra informações de forma dinâmica.
9-O tratamento de dados pessoais torna-se mais delicado e as grandes plataformas vão mudar. As pessoas voltam a pagar as assinaturas devido ao senso de transparência que isso envolve. Eles preferem pagar a doar seus dados. As grandes marcas hoje valem sua credibilidade. Tudo pode ser copiado ou replicado, exceto prestígio. O valor da empresa hoje depende de muitos fatores e não apenas de sua venda anual.
10-A força de trabalho é drasticamente reduzida e muitas operações simples são fornecidas ao I.A. Em 2024, o I.A. Ele já lidará com operações complicadas em milhões de locais. Mas a adoção convencional começa em 2021. Uma grande temporada global de demissões está chegando. O desemprego ocorre por motivos multifatoriais e não apenas por causa da crise econômica.
11-A educação nunca mais vai voltar a ser igual. Torna-se cara a cara, mas tecnologicamente adaptável. Cada um é o que precisa. Estudar offline e online será normal. Escolas e universidades são transformadas em um esquema híbrido para sempre. Volta ao esquema de contratação de pessoal altamente capacitado para ocupar cargos importantes, mas são aceitos candidatos sem formação universitária, para cargos de menor importância, que tenham a experiência necessária.
12-O sistema médico adaptado ao digital com tecnologia remota para sempre. Uma consulta médica por teleconferência será normal. As pessoas continuarão com os testes rápidos de Covid ao longo de 2021 para se sentirem seguras. A vacina é muito rápida, mas você encontrará grandes desafios ao longo do caminho. Grandes hospitais repensam seu funcionamento devido às crises econômicas que sofreram com a Covid 19. As pessoas ficam menos doentes com vírus, bactérias e doenças devido ao manuseio inadequado dos alimentos, graças à limpeza recorrente do indivíduo comum.
13-Na economia pessoal se contrai, novas formas de gerar transações comerciais são utilizadas e as pessoas economizam mais. Uma alta porcentagem dos gastos da família vai para atividades que antes não eram remuneradas e vice-versa. A compra de itens como roupas elegantes é substituída por roupas casuais. A transformação radical dos hábitos continua em 2021. A eletrônica continua sendo o produto mais apreciado e adquirido por mais um ano.
14-Commerce continua a crescer, mas online, jogadores como Facebook, Tik-Tok e YouTube entram para competir com a Amazon. Fecha um percentual de 50% das lojas físicas globais. As lojas sobrevivem graças ao fato de serem experiências e showrooms, mas o comércio real no final de 2024 será maior online do que presencial em muitas áreas. Os grandes shoppings ficarão presos no tempo. Muito poucos sobreviverão a longo prazo.
15-Mudanças climáticas serão um tópico muito discutido e apoiado. As grandes indústrias continuarão a se transformar e a I.A. para entendê-lo e operá-lo melhor. A adoção da bicicleta como principal meio de transporte continuará crescendo graças à transformação das cidades. Vamos passar da questão Covid para a Mudança Climática como a questão principal de uma forma natural. Uma oportunidade para a união global ajudar a transformar e resolver os grandes problemas.
16-Novos modelos de informações e notícias por assinatura com mais transparência ajudarão a disponibilizar conteúdo sem tantas “notícias falsas” Credibilidade e transparência serão a pedra angular de todas as empresas. As pessoas estão cansadas de tanta informação e preferem sistemas habilmente selecionados para interagir. A imediação continuará a ser altamente valorizada.
17- A saúde mental torna-se um tema recorrente e grandes plataformas ajudam as pessoas a enfrentar as situações de agressividade, solidão e angústia que vivenciaram durante o isolamento. Um dos grandes custos de 2020 é a complicação de trabalhar em equipe novamente. Muito trabalhar, muito a repensar. As crises de liderança nas empresas serão mais comuns a cada dia.
18-Os grandes problemas como educação, saúde, energia, segurança, política, destruição da classe média, ganham destaque e as soluções são desenvolvidas por empresas de tecnologia. Grande capital é investido para fazer o bem, enquanto os problemas globais são resolvidos. Empreendedorismo social no seu melhor com resultados financeiros muito substanciais.
19-Tudo vai para o natural e saudável. Alimentos, experiências e forma de interação. 100% natural é hoje. Produzir a própria comida, meditar e se exercitar, passa a fazer parte do dia a dia. A permacultura e os sistemas de produção pessoal eficientes estão crescendo exponencialmente. Todo mundo quer ser capaz de satisfazer suas necessidades pessoais de alimentação saudável. Consumir local, mas real. Ser mais saudável é o “novo luxo”. Produtos suntuosos perdem valor e justificativa. A reciclagem está voltando muito mais forte depois de um ano de desperdício incontrolável, agora com grandes tecnologias que realmente iniciam e resolvem os problemas gerados no passado.
20-O mundo está vendo este ano como um novo começo. Um renascimento. As pessoas vão repensar seus objetivos pessoais, de trabalho, saúde, dinheiro e espirituais. Grandes oportunidades estão surgindo para satisfazer todos esses requisitos e mudanças de pensamento. Um novo começo com valores mais reais. Muitos comportamentos são transformados e nunca mais voltarão. Acumular, consumir e viver pelo material vai para o lado negativo da conversa.
A inovação, a tecnologia, o pensamento natural e lateral são a base da nova realidade. Continuar fazendo o mesmo sem repensar em 2021 é ir direto para a garganta. Todos estão a tempo de encontrar novos caminhos. As diretrizes estão definidas. Você apenas tem que encontrar as novas rotas pessoais ou comerciais.
Fonte: The Economist

