O Distrito Federal tem 111 vagas autorizadas para receber profissionais do Programa Mais Médicos (PMM). Atualmente 102 médicos do programa aqui atuam, distribuídos nas diversas regiões de saúde, exceto na Centro-Norte. Todos os profissionais fazem curso de especialização e aperfeiçoamento na atenção básica. Em janeiro último foram incorporados mais 23 médicos, que atuarão nas equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF). Assim, segundo a SES-DF a cobertura passou, naquele momento, de 28% para 50%, com a meta para junho de chegar a 70%. Estes médicos recebem do Ministério da Saúde uma bolsa de pouco mais de R$ 11 mil mensais, enquanto a Secretaria de Saúde paga, por profissional, R$ 600 por mês em auxílio-alimentação e R$ 1,5 mil para auxílio-moradia. Mas há sempre novidades em relação a este programa, às vezes mal visto ou incompreendido por parte de alguns setores. Continue Lendo “O Programa Mais Médicos e o DF”
Saúde na mídia/DF: março 2018
O cenário das notícias em maio mostra a atenção básica como principal referência. Ótimo! Não há como negar que a atual gestão procura investir nessa que é não apenas uma modalidade de atenção ou uma especialidade, mas simplesmente a chave para a organização racional de serviços de saúde. Em todo o mundo, diga-se de passagem. E não precisamos mais falar só de Cuba ou da Inglaterra, porque também o Canadá, em Portugal, na França, em países (pobres) da África e em muitos outros lugares, inclusive muitas cidades brasileiras, tem sido assim. A atenção primária como coordenadora da rede de serviços., sem exagero, é de fato um marco civilizatório em saúde. Mas o DF ainda precisa caminhar muito. A chamada “conversão” de médicos e outros profissionais à Saúde da Família ainda não tem duração suficiente para mostrar se está sendo realmente efetiva. Resta saber, inclusive, se tem havido sinceridade por parte de quem aderiu ao processo, ou se trata apenas de uma adaptação pragmática de tais profissionais. Boa notícia é a ampliação do atendimento em cerca de 40 unidades básicas de saúde nos sábados, até meio dia, pelo menos. Resta saber quando haverá também atendimento noturno nos dias de semana, algo que interessa de perto à população trabalhadora, particularmente às mães de família. Pode ser um bom sinal, também, o fato de que em março não houve registros, pelo menos na mídia, de mortes por demora ou omissão de atendimento, bem como fechamentos de serviço à última hora, como costuma ser comum por aqui. A CLDF resolveu agir, exigindo mudanças na política de saúde mental, mas dado o prontuário histórico da Casa pode ser apenas disputa política, associada a interesses corporativos. No mais, os temas de sempre: trânsito e febre amarela, por exemplo. Leia um resumo das notícias sobre SAÚDE NO DF em março de 2018, a seguir. Continue Lendo “Saúde na mídia/DF: março 2018”
Carta de Brasília: água como bem público e direito de cidadania
Como somos um blog voltado para as questões de saúde de uma cidade que vive a maior crise hídrica de sua história e que, ao mesmo tempo, abrigou um Fórum Mundial sobre a Água (março de 2018) não podemos deixar de destacar algumas das conclusões do mesmo. Assim, juristas que participam do evento aprovaram um documento de posição, a “Carta de Brasília”, na qual são traçadas dez diretrizes para o reconhecimento do acesso à água como direito humano essencial, documento que deverá orientar magistrados de todo o mundo no julgamento de casos relacionados ao acesso da população à água. Continue Lendo “Carta de Brasília: água como bem público e direito de cidadania”
Vossas Excelências chegaram tarde…
Noticia o Correio Braziliense que as obras do famigerado Trevo de Triagem da Asa Norte e estão sob a mira do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que divulgou relatório no dia 30 de janeiro de 2018, mostrando que resíduos de construções nesses bairros escorrem por galerias e pelo solo até chegar ao Lago Paranoá, onde o material se acumula formando, inclusive, ilhas sobre o espelho d’água. Ótimo! A questão é que essas obras estão em andamento há pelo menos dois anos e só agora Suas Excelências resolvem agir. E já deve estar pensando em proferir aquele famoso “pára tudo!”, que lhes é peculiar. Boa maneira de somar prejuízos ambientais e materiais e deixar a questão principal sem ser atacada. Vamos combinar: controle tardio e fora de hora não adianta nada – é mera controlose, ou seja, uma patologia do que deveria ser a real tarefa de quem é encarregado de zelar pela coisa pública… Algum holofote deve ter se acendido na Asa Norte…
Leia a matéria do CB: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2018/01/30/interna_cidadesdf,656692/relatorio-do-mpdft-denuncia-obras-que-poluem-o-lago-paranoa.shtml
E veja também comentário anterior do editor deste blog sobre a tal da “controlose”:
Tem jeito?
Problemas não faltam para o governador do DF, que tem sua gestão marcada pela crise hídrica, por problemas crônicos de caixa e também pela relação complicada com a fisiológica e oportunista Câmara Legislativa do DF. Parece, agora, que há uma “agenda positiva” (ponhamos aspas…) em curso. Com efeito, Rollemberg acaba de anunciar a desobstrução da orla do Lago Paranoá, a desativação do Lixão da Estrutural, bem como pressões para que famigerada Câmara Legislativa aprove a liberação de recursos para a unificação da Previdência dos servidores. Neste último quesito ele entra em território onírico, afirmando que isso lhe permitirá contratar “milhares de servidores da área da Saúde”, e assim voltar a por para funcionar serviços diversos fechados nos últimos anos por falta de pessoal. Continue Lendo “Tem jeito?”
