CEBES-DF presente na luta em favor do SUS e contra planos “populares” de saúde

Conforme noticiado no site Outra Saúde (http://outraspalavras.net/outrasaude/), a Federação Brasileira de Planos de Saúde (Febraplan) está organizando um fórum no dia 11 de abril, no qual se anuncia “o início da construção de um novo Sistema Nacional de Saúde”, a ser apresentado a senadores e deputados federais. Associam-se a ela a  Confederação Nacional de Saúde e a FenaSaúde, tendo, esta última, papel de destaque na proposta abraçada pelo ex Ministro Ricardo Barros de criar planos populares de saúde. O ex-ministro da Saúde de Collor, Alceni Guerra, é o palestrante convidado e vai falar sobre o SUS de 1988 a 2018. A propósito disso, o núcleo do Distrito Federal do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes) divulgou nota de repúdio contra a iniciativa, na qual afirma que saúde no Brasil passou a ser, com a Constituição de 1988, direito de todos e dever do Estado, seguindo a tendência de países que oferecem um sistema universal, garantindo bem estar a toda sua população, como o Canadá e o Reino Unido. Alerta o CEBES-DF que fazer um sistema de saúde a partir dos planos de saúde, como ocorre nos Estados Unidos, certamente prejudicará os mais pobres, sendo, além disso, irracional em termos econômicos, sendo muito mais caro e ineficiente. Argumentam, aliás, que os mesmos EUA gastam muito mais em saúde para obterem resultados muito piores em termos de expectativa de vida ou mortalidade infantil.

Marielle, a Saúde da Família e nós…

Visto assim, de relance, um assunto parece ter pouca coisa a ver com o outro. É até provável que Marielle Franco, como pessoa bem informada e do bem que era, fosse uma defensora dessa estratégia de saúde. Mas pouco sei sobre isso. Conheci Marielle, como talvez a maioria dos brasileiros, no dia seguinte em que foi barbaramente assassinada. O foco presente é a pobre cidade do Rio de Janeiro, ainda maravilhosa na paisagem, mas tenebrosa quanto a muitas coisas mais, por exemplo, na violência e na sanha corrupta de muitos de seus agentes políticos e membros da máquina pública. Eis que vejo na imprensa, quinze dias após Marielle ter sido eliminada, que nada menos do que 150 equipes de saúde da família da cidade do Rio já ficaram sem médicos, que estão se demitindo em massa. E diz mais a matéria:  “pacientes voltam à fila da emergência”. Procurada pela reportagem, a Prefeitura do Rio de Janeiro não respondeu sobre o pedido de demissão dos médicos, nem sobre o plano para novas contratações… Fila da emergência e nada a declarar: eis uma síntese da situação carioca… Continue Lendo “Marielle, a Saúde da Família e nós…”

A “Demografia Médica” e o Distrito Federal

O Conselho Federal de Medicina, com o apoio institucional do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, acaba de lançar a versão 2018 do estudo Demografia Médica, com valiosas informações sobre o número e a distribuição de médicos no Brasil, acessível gratuitamente no link referido abaixo. O estudo mais uma vez teve a coordenação do professor da Faculdade de Medicina da USP, Mário Scheffer. Como aspecto principal, demonstra-se que nunca houve um crescimento tão grande da população médica no Brasil num período tão curto de tempo, ou seja, em pouco menos de 50 anos, o total de médicos aumentou num ritmo três vezes maior do que o de brasileiros. Continue Lendo “A “Demografia Médica” e o Distrito Federal”