Os episódios recentes envolvendo os equívocos da Operação Lava Lato, graças às estrepolias de seus fake-heroes Moro, Dalagnol e respectiva caterva, bem como aqueles atos de alguns promotores do DF, que resultaram em estorvos à gestão do Hospital de Criança de Brasília, além de muitos outros semelhantes que aqui e ali perturbam a boa gestão pública no Brasil, me fazem trazer de volta algumas reflexões que haviam me assaltado há algum tempo atrás. Lembram-se, por exemplo, a “auditoria” que o TCU fez nos aeroportos brasileiros por ocasião do apagão aéreo de alguns anos atrás? Suas excelências na época deitaram sólida peroração sobre rotas aéreas, riscos aeronáuticos, questões meteorológicas diversas etc, como se fossem pilotos experimentados ou engenheiros especializados em aviação. Mesmo que tenham contratado alguém com tal perfil para assessorá-los, isso não era de competência de um tribunal de CONTAS – é bom frisar a palavra chave dessa questão. Parece que não conseguiram perceber que o buraco, ou melhor, a terra estava bem mais em baixo e não lhes competia nada além de uma análise relativa ao emprego correto ou incorreto do dinheiro público. Continue Lendo “De controle, controlismo, controlite e controlose”
As Práticas Integrativas e Complementares e as (boas) armas da Razão
Com a eleição do ex-militar (no espírito, com certeza, ainda o é…), muita gente está saindo do armário em termos de convicções políticas. Ou des-convicções, sei lá… Mas de certa forma espero que o que me traz aqui hoje não seja considerado também mais uma espécie de saída do armário. Mas a presente questão não é de política partidária, nem de eleições ou de sexualidade (a minha está bem resolvida desde sempre, graças a Deus…). Mas é igualmente polêmico trazê-la à luz, ainda mais de forma crítica, sem despertar ojerizas e preconceitos. Mas vamos ao ponto que interessa: falo das chamadas terapias alternativas ou, em linguagem mais moderna, integrativas e complementares (PIC), sobre as quais tenho sérias dúvidas. Continue Lendo “As Práticas Integrativas e Complementares e as (boas) armas da Razão”
A fuga dos cubanos é apenas o começo…
Dilma Rouseff foi empurrada para fora do governo, entre outras razões, por ter cometido aquele famoso “estelionato eleitoral”. Do jeito que a política no Brasil dá voltas, agora, estranhamente, nos cabe torcer para que tal estelionato seja cometido de verdade. Refiro-me naturalmente às estranhas promessas que vem fazendo, ou ameaçando fazer, o presidente recentemente eleito. Para coisas assim, o melhor seria prometer, mas não cumprir – exatamente como teria feito a infeliz presidente em seu segundo mandato. E entre tais coisas fora dos padrões normais estão a mudança da embaixada do Brasil para Jerusalém; a extinção de direitos trabalhistas; a militarização do Executivo; as ameaças ao programa Mais Médicos; a extinção e recriação de ministérios; a escolha da “Musa do Veneno” para Ministra da Agricultura, além da fatídica “volta a 50 anos atrás”. Por sorte, até agora pelo menos, algumas dessas decisões estão sendo anunciadas em um dia e negadas no outro – pelo presidente ou por seus diversos assessores e agregados sem função definida. Mas nem todas… Tudo indica que, de maneira geral e no que há de pior, o homem fala sério… Como quem profere a Ordem do Dia em algum estabelecimento militar toda manhã.
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Saúde nas eleições 2018
Estamos a pouco mais de duas semanas das eleições e a saúde, que tem sido apontada como uma das principais prioridades dos brasileiros, está longe de ocupar um lugar de destaque nos planos dos candidatos à Presidência da República. No DF é a mesma coisa. O que se vê, aqui e no plano federal é um festival de platitudes e generalizações, ou seja, pouco ou nenhum compromisso. Pesquisas do Datafolha têm traçado um panorama sombrio sobre tal questão. Em próximo artigo analisaremos a situação local. Continue Lendo “Saúde nas eleições 2018”
O Candidato, o SUS, as Misericórdias…
Muita ênfase foi dada nos últimos dias ao fato de ter sido o candidato a presidente Bolsonaro ter sido atendido, após o atentado que sofreu, em um “hospital do SUS”, a Santa Casa de Juiz de Fora. Os comentários variaram, desde a constatação do valor irrisório pago pela cirurgia na tabela oficial, coisa de menos de 400 reais, valor a ser dividido entre toda a equipe, até a denúncia de que o candidato já teria dito antes que o dinheiro da saúde destinado ao SUS é mais do que suficiente. Como sempre acontece em ocasiões catastróficas de qualquer natureza, é preciso deixar passar algumas ondas (de sangue, de infecção, de lama, de posts em redes sociais diversas etc) para se ter clareza a respeito do que se fala no calor da hora. Continue Lendo “O Candidato, o SUS, as Misericórdias…”
