Neste exato ano de 2018, o Sistema Nacional de Saúde Britânico, o NHS (National Health Services) completa 70 anos de existência. Por coincidência, o nosso SUS completa 30. E é provável que a formulação que deu origem ao sistema de saúde da Capital Federal do Brasil, ainda em construção na ocasião, esteja completando 60 anos. O que tem uma coisa a ver com a outra (e a outra)? Isso vale alguma digressão. Vamos a ela. Continue Lendo “O NHS, o SUS e a saúde no DF”
“Uberização” na Saúde: panorama no DF e no País
A verdadeira proliferação das chamadas “clínicas populares” é um fenômeno não só do DF, mas do Brasil como um todo. Aqui elas estão mais presentes nas periferias mais do que no Plano Piloto. Isso não deixa de ser um paradoxo, pois supostamente os que podem pagar estão na zona central e não nas periféricas. Mas isso é apenas aparência… No Plano Piloto as pessoas já possuem acesso aos planos privados de saúde, por razões econômicas. Elas já pagam por isso e não atraíram novos interessados comerciais, como as tais clínicas populares (o próprio nome já diz a que vêm). Já nas periferias, quem depende exclusivamente do SUS está procurando um jeito de relativizar tal dependência, nem que seja mediante comprometimento do orçamento doméstico. Confirma-se assim, mais uma vez, o dito bíblico de Mateus: “Pois a quem tem, mais lhe será confiado, e possuirá em abundância. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado” (25:29). Mas as informações disponíveis sobre a verdadeira fuga dos planos de saúde que vem ocorrendo nos últimos tempos indicam que o fenômeno tende a se alastrar, tanto nas áreas mais pobres como na classe média. Seu ímpeto em conquistar o mercado, associado à utilização de tecnologias de informação de alcance geral, têm levado alguns adversários da ideia a caracterizar o fenômeno como uma “uberização” (embora isso possa ser visto também como um aspecto positivo). Continue Lendo ““Uberização” na Saúde: panorama no DF e no País”
Os problemas nacionais do SUS e o DF
Pesquisa realizada pela empresa de mídia UOL, utilizando bases de dados diversas, tais como SIPS (Sistema de Indicadores de Percepção Social) do Ipea; Fisc Saúde 2016 do TCU (Tribunal de Contas da União); PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), do IBGE; um ranking encomendado ao Reclame Aqui, um órgão de defesa do consumidor avalizado pela Ouvidora-Geral da União, além de outro levantamento da ANS (Agência Nacional de Saúde), mostra que entre os maiores problemas do atendimento à saúde no Brasil estão a falta de médicos e remédios no SUS. Nos planos de saúde a mensalidade é considerada muito alta e não há cobertura para diversas doenças e exames. Além disso, o financiamento do sistema de saúde pública está aquém das necessidades; a formação dos médicos é precária, mais do ponto de vista qualitativo do que quantitativo e muitos pacientes. Aqui vão os principais achados desta pesquisa, com comentários relativos à situação do DF. Em nem todos os quesitos foi possível encontrar dados precisos sobre nossa cidade, mas tudo indica que seriam problemas frequentes (e graves) por aqui também. Bom assunto em ano eleitoral, quando os candidatos e suas equipes estão preparando seus planos de governo. Continue Lendo “Os problemas nacionais do SUS e o DF”
Justiça ao Hospital da Criança de Brasília: antes tarde do que nunca…
Deu no Correio Braziliense: “O Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT) emitiu manifestação favorável ao pedido do Instituto do Câncer Infantil e Medicina Especializada (Icipe) de suspender a sentença que o proibiu de contratar com o poder público por três anos. A decisão impedia que a entidade continuasse à frente da gestão do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)”. Continue Lendo “Justiça ao Hospital da Criança de Brasília: antes tarde do que nunca…”
Entorno do DF: uma orquestra de desiguais, sem maestro…
Leio no Correio Braziliense (ver link abaixo) que o Governo Federal sancionou no dia 14/6 lei que agrega mais 12 municípios na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF). Os novos integrantes são: Alto Paraíso, Alvorada do Norte, Barro Alto, Cavalcante, Flores de Goiás, Goianésia, Niquelândia, São João d’Aliança, Simolândia e Vila Propício, todos de Goiás e Arinos e Cabeceira Grande, em Minas Gerais. Os argumentos são os de que os novos membros apresentam uma forte ligação socioeconômica com o DF e assim, através da Ride-DF poderiam melhor desenvolver de ações governamentais e viabilizar soluções para os problemas que necessitam da atuação conjunta, buscando promover uma redução das diferenças socioeconômicas do Entorno. Sempre cabe a dúvida: será isso mesmo? Continue Lendo “Entorno do DF: uma orquestra de desiguais, sem maestro…”
