SUS 30 anos (mas no DF começou antes…)

O ano de 2018 é marcante para a saúde. Não só o SUS faz 30 anos como a Declaração de Alma Ata, uma de suas fontes inspiradoras, faz 40 e talvez a própria concepção do sistema de saúde da Capital Federal, então em construção, deve estar fazendo 60. Ao mesmo tempo, na saúde do Brasil atual, o tempo fecha no horizonte, com ameaças de cortes maiores ainda de gastos, o novo Ministro da Saúde recém nomeado defendendo a privatização e o próprio presidente eleito afirmando que o dinheiro que se gasta na saúde já é demasiado. Nada é perfeito… Mas tal data sem dúvida merece, se não grande comemoração, pelo menos algumas reflexões. Continue Lendo “SUS 30 anos (mas no DF começou antes…)”

De Alma Ata a Astana

Em 1978, no longínquo Cazaquistão, mais precisamente em uma cidade de lindo nome, Alma-Ata, realizou-se uma conferência internacional, patrocinada pela Organização Mundial da Saúde, tendo como tema a Atenção Primária à Saúde, que no Brasil é mais conhecida como Atenção Básica. Como é de praxe em tais ocasiões, uma declaração formal foi preparada e até hoje é muito comentada em todo o mundo. Nela, em uma dezena de tópicos, se apelou para que os governos, especialmente dos países em desenvolvimento, bem como outras entidades e organizações, se empenhassem em encontrar soluções urgentes para transformar a promoção da saúde como uma das prioridades da nova ordem econômica internacional. O lema de então era: Saúde para todos no ano 2.000. Pois bem, o referido ano já chegou, já se vão quase duas décadas. E aquela generosa “saúde para todos” ainda é, lamentavelmente, apenas “saúde para poucos”. Mas a esperança é a última que morre…
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Temos novo governador: e agora?

O fenômeno já está sendo tratado como um case pelos cientistas políticos. Afinal, como é que alguém, em poucas semanas, abandona os meros “traços” de incidência de votos nas pesquisas eleitorais e ganha a eleição com mais de 70% das preferências? Realmente incrível… Certamente é mais uma combinação daquilo que Maquiavel chamou de fortuna (nos dois sentidos da palavra: dinheiro e sorte) e virtude (ou pelo menos a capacidade de estar presente em momento e lugar adequados, além de sintonizado com as expectativas dos eleitores). Mas o certo – e incontestável – seja bom ou ruim; estranho ou corriqueiro é que Ibaneis está eleito. Assim quiseram seus eleitores. Respeitemo-los… Mas o que diz ele da saúde? Isso é o que nos interessa no momento. Continue Lendo “Temos novo governador: e agora?”

Ainda a “conversão”…

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal orgulhosamente divulga sua integração à iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde denominada Laboratório de Inovação em Atenção Primária à Saúde – APS Forte, desenvolvido em conjunto com as secretarias de saúde de Porto Alegre e Teresina, com apoio do Ministério da Saúde. É justa tal comemoração, que significa a possibilidade de divulgar por todo o país e mesmo fora dele o rumo das mudanças na atenção primária local (Estratégia Saúde da Família) em nossa cidade, em vias de expansão para parcelas cada vez maiores da população, seguindo as tendências de melhores práticas baseadas em evidências científicas relativas à organização da atenção à saúde. Atualmente, cerca de dois terços da população brasileira está coberta pela Saúde da Família. No DF, entretanto, a expansão foi tardia, pois ainda em 2015 a cobertura populacional era de apenas 28%, porém alcançando 65% já em junho de 2018.

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