Uma Grande Transição para a pós pandemia: é preciso pensar grande

Um consórcio global de organizações da sociedade civil, denominada Aliança pela Saúde Planetária, na qual se incluem as instituições brasileiras USP e Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), acaba de lançar a Declaração de São Paulo, na qual se faz um apelo às lideranças políticas para que garantam saúde e bem-estar para as próximas gerações. Seu contexto é o da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade e Mudanças Climáticas, a COP-26, que começa em 31 de outubro na Escócia. Assinam o documento cerca de 250 entidades de 47 países, representando 19 setores da sociedade. Ali se destaca que a atual pandemia representa um ponto de inflexão na história da humanidade, reforçando a necessidade de maior atenção à saúde humana, ao tempo que relembra que a degradação do ecossistema já é antiga e traz fortes ameaças à saúde, pela poluição do ar, da água, do solo e podendo ser, até mesmo, a causa de novas pandemias. Com efeito, especialistas alertam que, na trajetória atual de consumo e degradação ambiental, uma verdadeira encruzilhada, já não seria  [F1] mais possível garantir a saúde e o bem-estar da humanidade. A Declaração cobra mudanças na maneira como se produz e se consome, tanto alimentos, como energia e bens manufaturados. Enfim, propõe soluções às vezes complexas, para problemas que também o são, de forma totalmente diferente do que pensa (?) e propõe a ditadura do senso comum (mal informado) que está instalada no Brasil.

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