Controle da Covid-19: o segredo é fazer a coisa certa

HORROR! A tragédia continua: no Brasil passamos dos 402 mil mortos e no DF nos aproximamos rapidamente dos 8 mil. Somos aqui 1,44% da população brasileira, mas em número de mortos pela Covid chegamos a 1,93% do total do país, o que não dá para animar ninguém. Enquanto isso, o “homem da casa de vidro” continua divulgando soluções falsas e estimulando chicanas contra a CPI que o investiga. Tudo demorando em ser tão ruim… Mas uma coisa é certa: o modo de lidar com a presente pandemia varia, sim, e existem aquelas situações em que o fracasso é evidente, enquanto em outras os fatores de sucesso estão presentes e são notáveis. É importante frisar isso, porque muitas vezes o senso comum atribui o sucesso ou o fracasso de tal controle às variações da biologia viral, aos brasileiros que não pegam nada até quando nadam no esgoto, ou até mesmo a aspectos imponderáveis ou inexplicáveis. As tais variações biológicas existem, de fato, mas há outros fatores humanos, políticos e sociais, que na maioria das vezes são mais relevantes. Assim deveríamos encontrar explicações mais abrangentes e sempre ancoradas na ciência para as diferenças existentes entre, por exemplo, Brasil e Nova Zelândia; EUA e China; Itália e Israel, casos representativos de bom e o mau controle. Ou, para trazer a discussão mais para perto de nós, entre Uberlândia e Araraquara ou Manaus e Belo Horizonte. O senso comum mais uma vez vai se equivocar, porque fatores como status socioeconômico, dimensão, localização geográfica, relativos a municípios e mesmo países, por si só não explicam as diferenças, ou por outra, mostram que de onde menos se espera podem surgir resultados positivos – ou vice-versa – e isso merece aprofundamento.

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