O que vou narrar a seguir é metade realidade, metade ficção. Reflete acontecimentos que assisti em minha vida de gestor de saúde, mas ao mesmo tempo acrescenta elementos relativos a coisas que não vi, mas sei que existem. Aliás, existem, com certeza, aqui em Brasília também. A heroína é Filomena, gerente de unidade de saúde ambulatorial na atenção básica. Moça esforçada, ela tem muito orgulho do que faz, pois foi selecionada para um curso de gestão em saúde dentre quatro outros concorrentes e foi considerada aluna destacada, sendo a primeira a ser nomeada para a gerência, que exerce já há quatro anos. O que faz Filomena se sentir uma gerente especial é o fato de que, ao contrário da maioria de seus colegas gerentes, ela não tem formação específica na área de saúde, pois é administradora, embora tenha uma longa carreira no setor, como encarregada de faturamento em um hospital durante oito anos, sendo que em tal condição concluiu sua faculdade.
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