Perdulário, perigoso e pouco eficaz…

Quando assumi o posto de Secretário Municipal de Saúde em Uberlândia, no início da década passada, fiquei abismado com a existência de quase 300 pessoas empregadas na Prefeitura, é bem verdade com recursos do governo federal, para realizarem o “controle da dengue”, que àquela altura ameaçava não só a cidade como muitos outras partes do país. A dengue era e continua sendo uma doença potencialmente grave (mas nem sempre…) e seu controle depende de muito mais ações do que catar latinhas nos quintais e lotes vagos e visitar as casas para constatar a existência de vasos com pratinhos cheios d’água. Não se trata de uma ironia, mas era basicamente isso o que aqueles laboriosos trabalhadores faziam. Na ocasião me perguntava se para doenças muito mais graves, como a hipertensão arterial, a diabetes, as doenças derivadas do stress e do tabaco, além de outras, se haveria, por parte do Poder Público, uma ação semelhante, ou seja, mandar os agentes da saúde nas próprias casas dos pacientes para ver se estavam bem, se tomavam os remédios, se faziam dieta e outras medidas recomendadas. Na dengue algo parecido era feito… Continue Lendo “Perdulário, perigoso e pouco eficaz…”