No Brasil, já não se adoece e nem se morre como antigamente…

Não sou tão velho, mas ainda na minha infância, nos anos 50, havia varíola na própria vizinhança de minha casa em Belo Horizonte e eram frequentes e temidas, além lamentadas em prosa, verso e reportagens de jornal, esta e outras doenças que matavam e inutilizavam muitos brasileiros, principalmente crianças, entre elas também o sarampo, o tétano, as gastroenterites, a esquistossomose. Hoje elas fugiram das estatísticas. Mas o que foi feito delas, afinal? Porém, antes de cantarmos vitória, devemos lembrar que surgiram outras moléstias, algumas delas ainda mais terríveis. A Covid 19 está aí para nos lembrar. Temos que entender tais mudanças nos cenários de doenças à luz não só do perfil demográfico da população, mas também das transformações que estão ocorrendo nas percepções das pessoas, nos fatores ambientais e também na estrutura das instituições de saúde. O certo é que no futuro – se é que não já agora – pode -se prever sérias implicações para os cenários e práticas de saúde, bem como para a estrutura dos sistemas de saúde como um todo, revelando mesmo uma premente necessidade de novos modelos de prestação de cuidados.

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