Em 1978, no longínquo Cazaquistão, mais precisamente em uma cidade de lindo nome, Alma-Ata, realizou-se uma conferência internacional, patrocinada pela Organização Mundial da Saúde, tendo como tema a Atenção Primária à Saúde, que no Brasil é mais conhecida como Atenção Básica. Como é de praxe em tais ocasiões, uma declaração formal foi preparada e até hoje é muito comentada em todo o mundo. Nela, em uma dezena de tópicos, se apelou para que os governos, especialmente dos países em desenvolvimento, bem como outras entidades e organizações, se empenhassem em encontrar soluções urgentes para transformar a promoção da saúde como uma das prioridades da nova ordem econômica internacional. O lema de então era: Saúde para todos no ano 2.000. Pois bem, o referido ano já chegou, já se vão quase duas décadas. E aquela generosa “saúde para todos” ainda é, lamentavelmente, apenas “saúde para poucos”. Mas a esperança é a última que morre…
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