Não são poucos os problemas que o sistema de saúde de Brasília enfrenta. O mesmo acontece no país como um todo. Em termos locais, algumas questões resultam diretamente da gestão equivocada que, governo após governo, se reproduz em nossa cidade. Outros são de natureza mais estrutural, repercutindo localmente o que também afeta praticamente todo o território brasileiro. Não só as avaliações das entidades de profissionais de saúde, do Ministério Público ou mesma da imprensa convergem em muitos aspectos, por exemplo: superlotação, demora no atendimento, sucateamento da rede, carência de profissionais, longas filas de espera mesmo para atendimentos banais, relações desumanizadas. As queixas dos funcionários são parecidas com as dos usuários, acrescidas de sobrecarga de trabalho, falta de materiais e quadro de colaboradores reduzido. Em cima de tudo isso, sub financiamento crônico, gestão deficiente e má distribuição dos recursos, o que faz, por exemplo, que esta cidade na qual a relação médico por habitante seja a maior do Brasil mantenha pontos de alocação zero de tal profissional em muitas partes de seu território. O clima eleitoral do momento, apesar de tudo, deveria ser propício para a discussão de tais questões, seja aquelas derivadas da ação do governo local, seja aquelas que dizem respeito ao próprio Sistema Único de Saúde. Não vamos desistir e sim falar disso hoje com mais detalhe.
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