Criança, em BH, me lembro da história de um vizinho de bairro, o qual, gerente da Cia. Antarctica, mas apreciador da cerveja Brahma, passava por apuros sérios quando queria saborear sua favorita, pois não poderia ser visto, em hipótese alguma, cometendo tal tipo de infidelidade, ao mesmo tempo profissional e etílica. Lembrei-me da história ao ler na mídia que o servidor da saúde do DF, como, aliás, já acontece em outras paragens do Brasil, não precisará mais usar o SUS. Em outras palavras, SUS apenas para “os outros”, o povo, os comuns, os não-ungidos… Eis que agora, por obra do Governador que se despede, a turma do GDF terá seu próprio plano de saúde. Deduzo, então, que aquele lugar onde se trabalha, assim como no caso da cervejaria rival, não dispõe da confiança de quem ali presta serviços. “O que eu faço para os outros não é o bastante para mim” – para mim é clara a mensagem. Continue Lendo “SUS, o santo de casa que não faz milagre”
Temos novo governador: e agora?
O fenômeno já está sendo tratado como um case pelos cientistas políticos. Afinal, como é que alguém, em poucas semanas, abandona os meros “traços” de incidência de votos nas pesquisas eleitorais e ganha a eleição com mais de 70% das preferências? Realmente incrível… Certamente é mais uma combinação daquilo que Maquiavel chamou de fortuna (nos dois sentidos da palavra: dinheiro e sorte) e virtude (ou pelo menos a capacidade de estar presente em momento e lugar adequados, além de sintonizado com as expectativas dos eleitores). Mas o certo – e incontestável – seja bom ou ruim; estranho ou corriqueiro é que Ibaneis está eleito. Assim quiseram seus eleitores. Respeitemo-los… Mas o que diz ele da saúde? Isso é o que nos interessa no momento. Continue Lendo “Temos novo governador: e agora?”
