E não é que o General nos deixou alguns ensinamentos…

Em seu grotesco depoimento à CPI da Covid, o General Pazuello pelo menos nos ofereceu uma lição inesquecível, ao demonstrar de maneira bem clara e didática, por sinal, tudo aquilo que um homem público, um ministro que faça jus a tal cargo, NÃO deve e nem pode ser: mentiroso, ignorante, pusilânime, dependente, obtuso, antolhado, limitado, indiferente. E como se não bastasse, omisso e arrogante. De quebra, nos ofereceu a possibilidade de entender que tais atributos, ou seus opostos, nos permitiriam uma completa definição sobre o que deveria constituir o currículo de um bom Ministro da Saúde, seja do ponto de vista técnico ou político. Não é supérfluo lembrar, aliás, que já tivemos alguns exemplos de gente digna na gestão da saúde do país, na nossa história recente. De saída, lembro-me de José Serra e Agenor Alvares, nos governos FHC e Lula, respectivamente. E nenhum dos dois era médico, diga-se de passagem, o que indica que tal profissão não é um requisito fundamental para o cargo. Pode até ser militar, sem problema, mas tem que ser competente. Seria bem fácil resgatar da memória ou de algum dicionário os antônimos de todos aqueles adjetivos citados e que constituem o perfil do general de três estrelas, para definir, ainda que de maneira genérica, o tal perfil desejável. Mas vamos fazer uma síntese, por partes.

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