Comparando políticas e atuações de governos na Covid-19

Não dá para passar batido: até ontem, dia em que se comemora a abolição (?) da escravatura no Brasil, 432.628 pessoas haviam morrido de Covid no país; só no DF, 8275. Estamos longe de ficar “libertos” de tal praga, pelo visto. A atual pandemia representa, com efeito, um desafio dramático na atualidade, criando em muitos locais uma crise ao mesmo tempo de saúde pública, econômica e política, com números espantosos de incidência e mortalidade, além de medidas impactantes sobre a vida das pessoas. Daí derivam situações expressivas e polêmicas, tais como restrições de mobilidade, consequências econômicas no desemprego ou nos gastos do setor público. Assim economias inteiras foram colocadas em verdadeiro “coma induzido”, com duras medidas de saúde pública e sistemas de saúde e estados sendo submetidos a testes severos e inéditos. Menos mal, a atual situação oferece também a chance de ser explicada dentro de diferentes territórios disciplinares, ajudando assim a compreender as atuais decisões de saúde pública, bem como as políticas globais de saúde no futuro, facultando entender melhor tanto a política como os políticos.  Trabalho realizado por pesquisadores das Universidades de Michigan e Washington (EUA), além da FGV (SP) procurou identificar e explicar os fatores  mais importantes na abordagem da Covid-19 entre e dentro de regiões e países, buscando abordagens multidisciplinares para aprofundar algumas ideias sobre o significado e as lições dessa doença para a política de saúde e a saúde global. E isso nos interessa de perto, seja em relação à atual situação do Brasil ou mesmo do DF. Aliás, no referido trabalho, existem menções especiais à atual situação no Brasil, nada lisonjeiras, por sinal.

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