Teorias conspiratórias na Saúde: um velho problema novo

Terias conspiratórias na saúde não constituem assunto novo, assim como a difusão de mentiras de variadas naturezas. Com efeito, já há muito tempo há quem denuncie o perigo das vacinas como tramoia dos governos para matar os velhinhos e promover mudanças genéticas em crianças, além do risco de alguém, através delas, se transformar em jacaré, para não falar, no campo do puro fake, dos poderes milagrosos da casca do jequitibá na cura do câncer e na habilidade clínica ou cirúrgica dos médicos como requisito bastante para exercerem o cargo de Ministro da Saúde, bem como, na política em geral, a crença em que um militar relapso e incompetente possa ser um bom Presidente da República. Coisas assim… Mas apesar da longevidade de tal tendência, humana, demasiadamente humana, como diria Nietszche, pesquisas recentes indicam que a crença em tais alegorias está na verdade em declínio na população, embora pareçam cada vez mais visíveis e presentes no imaginário coletivo e também no debate político, como se viu aqui no Brasil no nefasto período bolsonarista, com repercussões até hoje e mesmo em outros cantos do Planeta, como o recente debate entre Trump e Biden bem demonstrou. Está aí um dos aspectos do revival do problema, particularmente na última década, quando muitos líderes políticos em países democráticos se engajarem em tal retórica conspiracionista, sendo Trump o mais proeminente deles e seu êmulo tupiniquim apenas uma imitação barata. E como tal discurso atrai muita atenção, a aparência é de que existam cada vez mais teorias da conspiração entre o céu e a terra, com mais pessoas acreditando nelas, mas isso pode ser enganoso, representando apenas uma retórica que ganha cobertura da mídia. O próprio Papa Francisco se preocupa com o assunto, pois segundo o jornalista Ariel Palacios, é dele a frase: “teorias da conspiração geram delírios porque liberam as pessoas de confrontar-se com a verdade”. Nada mais verdadeiro.

Continue Lendo “Teorias conspiratórias na Saúde: um velho problema novo”