Cinco anos de SAÚDE NO DF

Por esses dias, mais exatamente no dia 26 de março, este blog completa cinco anos e existência. Ao longo destas mais de 250 semanas foram apresentados aqui 319 textos, todos de minha autoria, com mais de 450 interações, versando sobre temas diversos de Saúde, não apenas com foco na situação do Distrito Federal, mas também do Brasil como um todo. Nos últimos dois anos duas situações dominaram o cenário: a epidemia de Covid, naturalmente, além do descalabro provocado pela dupla Bolsonaro e Queiroga. Foi dificil fugir desses temas, mas agora, pelo menos o segundo deles virou coisa do passado. As esperanças presentes não deixarão de lado o necessário espírito critico que sempre mantivemos aqui. Para comemorar esta data de aniversário e de sucesso, que sempre agradeço à cumplicidade e a atenção dos leitores, trago aqui uma sequência de publicações de nosso último ano, mediante escolha pessoal minha, que creio demonstrarem o alcance e a profundidade de nossas postagens, semanais. Espero que os leitores apreciem e que esta compilação, assim como o blog por inteiro possam ter alguma utilidade para quem se interessa e quer lutar por uma saúde melhor para os cidadãos de Brasília e do Brasil!    

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Na saúde, a casa se arruma é pela porta da frente: o caso do DF.

Leio no Boletim Informativo da SES-DF do dia 9 de novembro pp que em nossa cidade a estratégia Saúde da Família supera 1,9 milhão de pessoas cadastradas, tendo o atual governo duplicado o número de equipes, em ação assumida como busca de novos recursos federais para a cidade, o que não deixa de ser legítimo. Ali se divulga também que nos últimos cinco anos o número de pessoas cadastradas cresceu quase nove vezes, já que pouco passavam de 200 mil no início de 2018. E se acrescenta: o número das equipes saltou de 300 para cerca de 600 no mesmo período, subindo também a contratação de servidores públicos em tal área, que hoje somam mais de sete mil profissionais. Fico feliz em conhecer tais informações, as quais já procurei sem sucesso na página da SES, mas o que importa é que elas estejam assim disponíveis agora. Mas mesmo assim algumas perguntas não querem calar, por exemplo: estas equipes estão completas, de agentes comunitários a médicos e enfermeiros? Houve qualificação adequada das pessoas contratadas? A velha fórmula de contratar profissionais aposentados ou não especializados ou com escassa afinidade à área continua prevalecendo? Estão sendo obedecidos os parâmetros quantitativos da Política Nacional de Atenção Básica, que prevê uma equipe (completa) de SF para cada 3.500 pessoas? As instalações físicas da rede são adequadas? Receio que boa parte de tais indagações tenham respostas negativas, quando não evasivas. Trago aqui algumas informações adicionais, que a SES não divulga, e vou comentá-las adiante. Me acompanhem. 

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De unhas encravadas e transplantes…

De volta do DF – e já não é sem tempo. Penso que podemos dar uma folga às discussões sobre as eleições (sem perder de vista o fato de que ser crítico é um valor e que uma boa maneira de ajudarmos o novo governo é manter sobre ele a nossa vigilância cidadã) e também sobre covid (em que pese o fato de que o perigo ainda não esteja de todo esconjurado). Dito isso, vamos em frente, de volta às questões que interessam diretamente à nossa cidade. Comento aqui hoje uma notícia recente (07/11/2022) do Portal da SES-DF onde se anuncia o seguinte: “De unha encravada a transplantes, saiba qual dos três tipos de unidades de saúde procurar quando houver algum incidente. UBS, UPA ou hospital: em qual local buscar atendimento médico”. Quem dera fosse simples assim, mas em todo caso já é alguma coisa positiva, pois é grande a dificuldade em encontrar informações realmente relevantes para a população em tal sítio, especializado que é apenas em questões internas da Secretaria de Saúde. A essência de tal comunicado é a seguinte: a rede pública do Distrito Federal conta com 174 unidades básicas de saúde (UBS), 13 unidades de pronto atendimento (UPA) e 16 hospitais. Tal sistema seria “organizado em rede”, segundo um gestor da SES entrevistado na matéria, do que é possível discordar, embora ele também diga que isso garante a “eficiência do sistema de saúde”, coisa que aqui no DF, sinceramente, não vejo acontecer. Mas vamos por partes.

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Que não seja apenas mais uma conversa de mentiroso…

Pintar o sete, bicho de sete cabeças, guardado a sete chaves, enterrado a sete palmos, as sete notas musicais, o sétimo dia da criação, os sete pecados capitais, as sete maravilhas do mundo, as sete cores do arco-íris, os sete dias da semana, os sete sábios da Grécia antiga, Branca de Neve e os sete anões, as sete vidas do gato, as sete virtudes, os sete samurais, Sette Bello, sete de ouros, sete de setembro (que os deuses nos protejam nesta efeméride em 2022!). SETE, eita numerozinho afamado! Como está aberta a temporada eleitoral (apenas formalmente, porque na prática já começou há muito tempo…) desejo trazer aqui minha contribuição aos candidatos ao Executivo e Legislativo no DF, através de propostas relativas à saúde pública em nossa cidade, aqui também organizadas em sete categorias. Antes que me lembrem que SETE é também conta de mentiroso, auguro: que a verdade prevaleça nessas eleições; que os compromissos assumidos por nossos políticos sejam devidamente honrados – e que eles sejam cobrados seriamente quanto a isso.

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“Eixão do Lazer” e câncer de pele: algo a ver?

O câncer de pele é o tema do post de hoje. Por que, exatamente? Vamos analisar alguns dados sobre isso a seguir. Mas de saída minha preocupação é de outra natureza, ou seja, a exposição maciça das pessoas aqui no DF à luz solar, sabidamente um fator determinante na origem de tal neoplasia. É claro que sol não existe só aqui, mas em toda parte. Mas é bom lembrar que aqui em Brasília temos pela frente, a partir de agora, seis meses, no mínimo, de sol inclemente, em nossa cabeça, em nossa pele. E tal exposição é aumentada e incentivada pela liberação de “áreas de lazer”, como o Eixão, a Ponte JK e muitas outras, nas quais não bastasse a radiação que vem de cima, há que se lidar também com aquela refletida pelo asfalto. Não é que eu seja contrário a tal ideia; movimento, convívio social e exposição à luz são coisas sempre saudáveis. Mas acima de tudo penso que a liberação de tais áreas, somada agora à da Ponte JK (a meu ver injustificada), exigiria medidas complementares, que incluíssem no mínimo a conscientização dos usuários, mas também a eventual distribuição de produtos e objetos protetores, como bonés e cremes, além da restrição de horários de uso, por exemplo.

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