O Governador do DF acaba de lançar, alegremente, um Plano de Saúde para os servidores do governo local. Há cerca de dois anos, em dezembro de 2018 mais precisamente, tendo tal proposta surgida no Governo Rollemberg, escrevi sobre a mesma um artigo chamado SUS, o santo de casa que não faz milagre. Nele, lembrei-me da história de um vizinho de bairro na BH dos anos 50, gerente da Cia. Antarctica, mas apreciador da cerveja Brahma e que passava por apuros sérios quando queria saborear sua favorita, pois não poderia ser visto, em hipótese alguma, cometendo tal tipo de infidelidade profissional e etílica. Em outras palavras: aquele lugar onde se trabalha não conta com a confiança de quem ali presta serviços. “O que eu faço para os outros não é o bastante para mim” – é clara a mensagem. Isso me veio à mente diante da notícia que os servidores públicos do DF, os da saúde inclusive, estarão dispensados de utilizar os serviços do SUS. Em outras palavras: SUS apenas para “os outros”, o povo, os comuns, os não-ungidos…
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