Saúde: pensamentos na contramão

“Toda unanimidade é burra”; “ninguém de perto é normal”; “assim é se lhe parece”; “por fora bela viola, por dentro pão bolorento”. Há uma infinidade de adágios sobre as contradições entre a aparência e a realidade das coisas. Eu, por conta própria, já acrescentei um corolário a tal coleção: “a unanimidade faz mal à saúde”. Para mim, tal discussão entre realidade e aparência, quando se tem em foco a Saúde, ou, como prefiro dizer em relação ao SUS, entre o “sonhado, o real e o possível”, pode ser incômoda para alguns, mas certamente é necessária. Tenho me debruçado sobre isso há tempos e a lista de textos meus que mostro em link ao final bem o comprovam. Recentemente resolvi levantar, sob a forma de um decálogo, as principais “apostasias” cometidas por mim sobre o nosso sistema de saúde . Como as submeti preliminarmente a meu amigo Vitor Gomes Pinto, emérito pensador nas coisas da saúde, resolvi acrescentar ao presente texto os comentários com que ele me brindou sobre tais heresias. Assim, vamos lá. Continue Lendo “Saúde: pensamentos na contramão”

SUS: haja ousadia para mudar!

Todos os que defendem o SUS, como é o meu caso, concordamos que mesmo com todos os seus acertos ele ainda precisa ser melhorado em muitos aspectos. Mas isso é apenas uma meia verdade, pois para um tanto de gente, a simples menção de se cancelar ou reescrever alguns dos dispositivos que regem o sistema causa temor e repulsa, quando nada acusações de heresia e traição aos ideais do SUS. Mas não são poucos os exemplos de dispositivos legais que simplesmente “não pegaram” (como se dizia antigamente da vacina antivariólica) ou simplesmente são inaplicáveis ou não passíveis de regulamentação. Continue Lendo “SUS: haja ousadia para mudar!”

SUS: 30 anos – comemorações e preocupações

Vejo no site Outra Saúde (excelente, por sinal!) uma nota sobre o aniversário de 30 anos do nosso SUS, considerado uma das maiores conquistas da Constituição Federal de 1988. Os números atuais impressionam: o SUS é a opção prioritária para cerca de 165 milhões de brasileiros, mas está também disponível, indistintamente, para todos os 205 milhões de habitantes do país, inclusive para aqueles 47 milhões que possuem algum plano privado. Ao todo, são 330 mil leitos, 12 milhões de internações e 4,3 bilhões de procedimentos ambulatoriais realizados. Continue Lendo “SUS: 30 anos – comemorações e preocupações”

Veja apresentações do Seminário APS-OPAS, realizado em Brasília nos dias 17 e 18 de abril de 2018

Recebemos da OPAS Brasil e repassamos aos nossos leitores informações importantes.  O Seminário de Atenção Primária à Saúde como estratégia para a sustentabilidade do SUS reuniu evidências e experiências que ressaltaram a importância da Atenção Primária à Saúde para a sustentabilidade e sucesso do Sistema Único de Saúde. Estão disponíveis no site  http://apsredes.org matérias e informações sobre evento, e em breve entrevistas com os painelistas do evento. Como informado, o seminário compôs a agenda estratégica “30 anos de SUS, que SUS para 2030?”, todas as informações sobre essa agenda também podem ser encontradas no mesmo site. As apresentações realizadas durante o seminário estão disponíveis para download por meio do link: http://apsredes.org/seminario-atencao-primaria-saude-estrategia-chave-para-sustentabilidade-do-sus-apresentacoes-do-painelistas/

O SUS até que não está mal na fita…

O Fórum Saúde do Brasil, realizado pela Folha de São Paulo, no último dia 23 de abril (2018), com patrocínio da Amil e da Anab (Associação Nacional das Administradoras de Benefícios) reconhece: o Sistema Único de Saúde deve ser reconhecido por ter aumentado o acesso à saúde da população brasileira e se tornado referência em atenção primária, apesar de ainda enfrentar algumas dificuldades na assistência. Alguns depoimentos: “O SUS é uma conquista da população que não pode ser desprezada. Ele aumentou o acesso dos brasileiros à saúde de uma forma impensável há 30 anos” (Ana Maria Malik, coordenadora do programa de gestão em saúde da FGV). Continue Lendo “O SUS até que não está mal na fita…”