Revolução digital e medicina de dados: para além dos rótulos

A revolução digital interessa ao SUS? Os estudos estatísticos sobre riscos de adoecimento na população interessariam apenas aos planos de saúde que faturam com a ausência de doenças entre as “vidas” que cobrem? Ou por outra, a ciência do cálculo atuarial interessaria também aos profissionais de saúde pública? A medicina de dados é apenas uma questão de mercado em saúde? Afinal. a tecnologia da informação é de Direita ou de Esquerda? São perguntas que começam a gritar, embora as respostas para elas nem sempre estejam muito claras na mente dos que defendem uma saúde pública e extensiva como direito a toda a população. Mas precisam ser encaradas de frente. Uma dessas questões, pelo menos, tive a surpresa de ver destrinchada pelo médico e doutor em bioética Luiz Viana Sobrinho, em obra que está sendo relançada agora, intitulada O Ocaso da Clínica, na qual ele alerta que os defensores da Reforma Sanitária não podem voltar as costas para as tecnologias da informação consubstanciadas na chamada medicina de dados. E adverte para o risco de se render e entregar ao setor privado uma ferramenta de enorme potência e alto interesse para o SUS
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