Temos novo governador: e agora?

O fenômeno já está sendo tratado como um case pelos cientistas políticos. Afinal, como é que alguém, em poucas semanas, abandona os meros “traços” de incidência de votos nas pesquisas eleitorais e ganha a eleição com mais de 70% das preferências? Realmente incrível… Certamente é mais uma combinação daquilo que Maquiavel chamou de fortuna (nos dois sentidos da palavra: dinheiro e sorte) e virtude (ou pelo menos a capacidade de estar presente em momento e lugar adequados, além de sintonizado com as expectativas dos eleitores). Mas o certo – e incontestável – seja bom ou ruim; estranho ou corriqueiro é que Ibaneis está eleito. Assim quiseram seus eleitores. Respeitemo-los… Mas o que diz ele da saúde? Isso é o que nos interessa no momento. Continue Lendo “Temos novo governador: e agora?”

O lado B. do Brasil…

Pois é, o fatídico sétimo dia de outubro chegou e superou todas as nossas (más) expectativas… Quando digo “nossas” não estou falando de só mim, mas também de um monte de gente, muitos milhões de pessoas, que ainda acreditam, se não nos políticos, pelo menos em certas virtudes humanas, como tolerância, discernimento, capacidade de indignação, aceitação das diferenças.  Mas lamentavelmente somos minoria neste momento. Acho mesmo que vivemos uma situação ainda pior do que aquela de março-abril de 1964, quando ocorreu um golpe militar, que acabou por se esgotar e se arruinar progressivamente, embora só 20 anos depois. Mas agora, o monstro está para ser eleito! E quem o colocou em tal posição foi nosso vizinho, o cara do carro da frente, o moço que senta de nosso lado no ônibus, nossa faxineira, o balconista doa farmácia, o senhor aposentado que joga Damas na pracinha, a moça do caixa do supermercado. Foram eles que assim escolheram… Resignar? Talvez, provisoriamente, sim. Deu uma ajuda, também, para que tal coisa esteja acontecendo, a falta de juízo e de espírito público e de estadistas daqueles líderes que preferiram apostar em suas veleidades pessoais, ao invés de lutarem pela formação que fosse de uma geringonça, à moda portuguesa, para derrotar a Besta. Isso não nos consola em nada – e eles ficam nos devendo essa… Mas enquanto isso, vamos ver se na saúde o tal “mito” (está mais pra “mico”, se não um primata de maior porte) nos traz alguma novidade. Continue Lendo “O lado B. do Brasil…”

Na Saúde, do que realmente precisamos no DF?

O Correio Braziliense, jornal com o qual colaboro esporadicamente, me pede um artigo sobre o que esperar do futuro governador do DF em matéria de saúde. Deve estar sendo publicado a qualquer momento, nesta véspera dramática de eleições, não só aqui em Brasília como no Brasil. Com os dois mil toques que me impuseram,não pude fazer nada melhor, mas pelo menos acredito que cansarei menos os leitores. Aqui vai. Continue Lendo “Na Saúde, do que realmente precisamos no DF?”

Saúde nas eleições 2018 – o caso do DF

Em post recente neste blog (https://saudenodfblog.wordpress.com/2018/09/19/saude-nas-eleicoes-2018/), destacamos algumas análises realizadas por especialistas a respeito dos planos de governo em saúde dos candidatos à Presidência da República. Eles apontam um verdadeiro festival de platitudes e generalizações, traduzindo pouco compromisso dos candidatos com a questão. Quando se tratava de apontar as fontes de recursos para algumas promessas mirabolantes, aí então, era “tela preta”. E no DF, como vamos? Dei-me ao trabalho de analisar o material que foi registrado no TRE, mesmo sabendo que ali muita coisa é apenas formal, pois depois das eleições tudo muda (não é Dona Dilma?). Aliás, da parte de alguns candidatos nem isso, pois seus documentos simplesmente não abriram ao serem clicados, como é o caso de Rodrigo Rollemberg, Julio Miragaya e Alexandre Guerra. Mas vamos ao que foi possível obter… Continue Lendo “Saúde nas eleições 2018 – o caso do DF”

Saúde nas eleições 2018

Estamos a pouco mais de duas semanas das eleições e a saúde, que tem sido apontada como uma das principais prioridades dos brasileiros,  está longe de ocupar um lugar de destaque nos planos dos candidatos à Presidência da República. No DF é a mesma coisa. O que se vê, aqui e no plano federal é um festival de platitudes e generalizações, ou seja, pouco ou nenhum compromisso. Pesquisas do Datafolha têm traçado um panorama sombrio sobre tal questão. Em próximo artigo analisaremos a situação local. Continue Lendo “Saúde nas eleições 2018”