A gestão de serviços de saúde por Organizações Sociais, não pela administração direta estatal, tem sido pauta corriqueira na mídia do DF. Muitos são contra, entre eles os militantes sindicais, os políticos de oposição ao governo local e alguns (mas não todos) membros do Ministério Público. Em foco, particularmente, dois casos concretos e atuais: a parceria com a Organização Social Icipe, responsável pela gestão do Hospital da Criança de Brasília e a constituição da nova entidade chamada Instituto Hospital de Base. São situações diferentes, embora colocadas no mesmo saco de uma possível “privatização da saúde”. Os detratores de tais iniciativas, particularmente os sindicalistas e os políticos de oposição não devem usufruir de nenhum “benefício da dúvida”, pois estão apenas cumprindo seu papel (distorcido às vezes) de fazer política partidária ou defender privilégios corporativos. No fim do arco íris, contudo, a verdade certamente existe e aparecerá. Argumentos interessantes (e bem fundamentados) estão colocados no artigo abaixo, de autoria de Renilson Rehem. Continue Lendo “Organizações Sociais na Saúde: melhor tê-las, ou não?”
O NHS, o SUS e a saúde no DF
Neste exato ano de 2018, o Sistema Nacional de Saúde Britânico, o NHS (National Health Services) completa 70 anos de existência. Por coincidência, o nosso SUS completa 30. E é provável que a formulação que deu origem ao sistema de saúde da Capital Federal do Brasil, ainda em construção na ocasião, esteja completando 60 anos. O que tem uma coisa a ver com a outra (e a outra)? Isso vale alguma digressão. Vamos a ela. Continue Lendo “O NHS, o SUS e a saúde no DF”
Atenção candidatos no DF: saibam como se organiza a Saúde, na palavra de especialistas
As eleições se aproximam e apenas alguns (pré) candidatos anunciam, com clareza mínima. o que pretendem fazer em relação ao nosso combalido sistema de saúde. Rollemberg,, que está no poder, está sendo mais explícito, considerando que podemos imaginar que dará seguimento à sua política de “conversão” para a atenção básica. Fátima Souza, justiça seja feita, tem propostas concretas, também. Jofran Frejat certamente se apegará ao seu passado e defenderá “o mais do mesmo”, ou seja, a repetição do que já fez antes e talvez já tenha sido superado. O General dirá que vai nomear um Coronel para a SES-DF… De olho nos chamados “evangélicos’ (temendo evitar uma generalização indevida) é provável que estes – e os demais candidatos – serão assediados (e gostarão muito disso…) pelos pastores pentecostais, em busca de bons negócios, que lhes acrescentem dividendos aos dízimos… E não me surpreenderá que tal negócio possa incluir a operação de unidades do sistema de saúde através de organizações “sociais” constituídas ad-hoc. Anotem o que estou dizendo. E saibam mais… Continue Lendo “Atenção candidatos no DF: saibam como se organiza a Saúde, na palavra de especialistas”
“Uberização” na Saúde: panorama no DF e no País
A verdadeira proliferação das chamadas “clínicas populares” é um fenômeno não só do DF, mas do Brasil como um todo. Aqui elas estão mais presentes nas periferias mais do que no Plano Piloto. Isso não deixa de ser um paradoxo, pois supostamente os que podem pagar estão na zona central e não nas periféricas. Mas isso é apenas aparência… No Plano Piloto as pessoas já possuem acesso aos planos privados de saúde, por razões econômicas. Elas já pagam por isso e não atraíram novos interessados comerciais, como as tais clínicas populares (o próprio nome já diz a que vêm). Já nas periferias, quem depende exclusivamente do SUS está procurando um jeito de relativizar tal dependência, nem que seja mediante comprometimento do orçamento doméstico. Confirma-se assim, mais uma vez, o dito bíblico de Mateus: “Pois a quem tem, mais lhe será confiado, e possuirá em abundância. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado” (25:29). Mas as informações disponíveis sobre a verdadeira fuga dos planos de saúde que vem ocorrendo nos últimos tempos indicam que o fenômeno tende a se alastrar, tanto nas áreas mais pobres como na classe média. Seu ímpeto em conquistar o mercado, associado à utilização de tecnologias de informação de alcance geral, têm levado alguns adversários da ideia a caracterizar o fenômeno como uma “uberização” (embora isso possa ser visto também como um aspecto positivo). Continue Lendo ““Uberização” na Saúde: panorama no DF e no País”
Índice de desenvolvimento local: como está o DF?
O IFDM – Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – é um estudo patrocinado pela Firjan e que acompanha anualmente o desenvolvimento socioeconômico de todos os mais de cinco mil municípios brasileiros em três áreas de atuação: Emprego & renda, Educação e Saúde. Criado em 2008, ele é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. Ele é um indicativo da competência dos governos locais, com foco principal na avaliação de ambientes de negócios, propícios à geração local de emprego e renda, educação infantil e fundamental e atenção básica em saúde. Como a nossa cidade se enquadra nele? É o que veremos a seguir. Continue Lendo “Índice de desenvolvimento local: como está o DF?”
