[O post de hoje tem a participação de nossa parceira Henriqueta Camarotti!]
Deu na imprensa que um estudo da USP projeta que, até 2025, o Brasil terá 3 médicos para cada grupo de 1.000 habitantes, ultrapassando países como EUA, Japão e China. Tal estimativa já leva em conta a abertura novos cursos de medicina no país, além de ajustes populacionais do censo do IBGE. Atualmente, existem no país 2,91 médicos por 1.000 habitantes totalizando quase 600 mil profissionais. Mas isso é apenas uma informação numérica. Há diversas considerações a fazer para responder à pergunta acima. Quanto ao DF, o nosso quociente de médicos por habitante é simplesmente o maior do Brasil entre os estados, chegando a 5,5. Se a comparação for com as capitais há algumas com números maiores, como é o caso de Vitória com quase 15 médicos por mil habitantes, mas isso pode ser o resultado de parte desses profissionais morarem na capital, mas trabalharem em cidades vizinhas, o que parece ser comum. Seria este número é bom ou ruim, necessário ou desnecessário, adequado ou não à política de saúde definida nas Leis e normas relativas ao SUS? Para avançar há mais perguntas a serem respondidas: quantos e quais médicos estão disponíveis no Brasil para atuar no sistema de saúde? E quantos serão nos próximos anos? O que mudou na formação e no trabalho médico no país? A maior oferta de profissionais na última década responde às demandas do SUS? Idem para as regiões desassistidas e as necessidades de saúde da população? O modelo assistencial praticado tem a ver com a demanda por mais e mais médicos?
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