Era Primavera (fábula moderna)

Era primavera e Luleão voltara ao Governo Geral da Floresta. Como encontrou tudo muito bagunçado por ali, com muito desentendimento entre seus súditos, resolveu se cercar das melhores cabeças, patas, chifres, trombas e caudas disponíveis para ajudá-lo na necessária união e reconstrução daquela tremenda destruição, que o comando anterior, por parte de Jairafa, havia semeado pelos quatro cantos.

Ao chegar ao governo, porém, Luleão teve que se entender com determinados animais que haviam se ajustado de forma tão íntima ao poderoso do momento que se tornara difícil separá-los um do outro, eis que figuravam agora como um corpo único e indistinguível em seus elementos componentes. O Alcemim, foi o primeiro a atender seu chamado e Luleão até confiava nele, mas logo vieram também outros que haviam apoiado – e muito – a Jairafa, sendo estes liderados pela conhecida figura do Liragarto, além da família dos grande Símios da Floresta e também Vermes e Ofídios diversos.

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Uma Fábula atual

Conheci por esses dias uma criatura que me pareceu ser uma boa intérprete desta nossa cidade de Brasília. Tímida demais, entretanto, ela prefere não se identificar e ser chamada apenas de Esopa Lafontina, pedindo-me apenas para acrescentar que este é apenas um pseudônimo, o qual, embora com características femininas, pode não ser denominativo exatamente de uma mulher, deixando isso como mais uma incógnita a respeito de sua identidade. Apresento aqui um primeiro relato que Esopa me trouxe, no qual os leitores certamente encontrarão referências diversas e precisas ao que se passa por aqui, particularmente no mundo dos políticos e da saúde pública. Vejam o mesmo a seguir:

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