Este post não diz respeito diretamente a uma questão do sistema de saúde em Portugal, como os anteriores a ele. Mas como tive oportunidade de assistir um evento sobre o tema mostrado no título, além de também ter percebido aqui uma preocupação mais generalizada sobre tal questão, aproveito para comentar algo sobre o assunto (não que entenda muito dele, mas por considera-lo muito pertinente). A questão central é: até quando o sistema de saúde vai continuar sendo movido (e remunerado) por juízos de “volume” (ou quantidades) e não de “valor”? Esta discussão, na verdade, eu já havia presenciado no Brasil, mas só no âmbito da saúde suplementar. Acho que ela é também cabível no SUS. Vejamos algumas informações, baseadas em artigo recente do New England Journal of Medicine (ver citação ao final). Continue Lendo “Saúde em Portugal (VIII): “valor” ou “volume”?”
Em breve seremos três milhões e meio no DF. E a nossa Saúde?
A Codeplan divulga que o DF terá 3,4 milhões de habitantes em 2030, ou seja, mais 430 mil em relação ao momento atual. Entre estes, haverá cada vez mais idosos e cada vez menos jovens. Atualmente a população local é de 2,97 milhões. Se em 2010 os idosos representavam 7,6% da população, em 2030 chegarão a 16,6%; já os jovens cairão de 24,7% para 17,5%. São mudanças que seguem uma tendência nacional, e até universal, dado que as famílias estão tendo cada vez menos filhos, ao mesmo tempo em que se vive mais. E a saúde dessa gente? Continue Lendo “Em breve seremos três milhões e meio no DF. E a nossa Saúde?”
Cenários e desafios atuais da Saúde no Brasil, na visão de quem realmente conhece o tema
A OPAS-Brasil acaba de dar à luz uma pesquisa qualitativa que explora as percepções de diferentes atores estratégicos sobre a sustentabilidade do SUS. Os critérios adotados para a amostragem dois entrevistados incluíram o domínio de informações acerca do SUS em termos de sua concepção e operacionalidade, fazendo parte da amostra ex-ministros da saúde, secretários estaduais de saúde, secretários municipais de saúde, membros da academia, dirigentes de hospitais privados e públicos, dirigentes de empresas de planos e seguros de saúde, dentre outros. Foram convidadas 176 pessoas, sendo que 86 responderam. Em suma, a maioria dos entrevistados converge sobre a necessidade de se realizar mudanças no SUS, sem deixar de apontar os riscos de transformações na estrutura e organização do sistema de saúde brasileiro no atual contexto político e econômico vivido pelo país, encarecendo a necessidade de mais diálogo com a sociedade como estratégia para transformar o SUS sem abrir mão do direito à saúde. Continue Lendo “Cenários e desafios atuais da Saúde no Brasil, na visão de quem realmente conhece o tema”
O SUS, em seus 30 anos, fez bem para a saúde dos brasileiros?
A resposta a esta pergunta parece óbvia… Apesar de todos os seus problemas, o SUS continua sendo muito mais do que um sistema do qual se poderia dizer apenas que é “melhor do que nada”. Ou que é inferior ao sistema do antigo INAMPS. É muito mais do que isso: o contrário dele, ou sua ausência, seria a barbárie… A este respeito, a OPAS Brasil acaba de lançar a publicação ‘30 anos de SUS – Que SUS para 2030?’, que sintetiza alguns dos maiores conhecimentos e experiências acumuladas no Sistema Único de Saúde (SUS), com perspectiva de contribuir para que o Brasil alcance as metas da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Continue Lendo “O SUS, em seus 30 anos, fez bem para a saúde dos brasileiros?”
O SUS que dá certo (também no DF…)
A Secretaria de Estado de Saúde do DF promoveu, em dezembro de 2017, uma grande mostra de experiências em diversos campos das práticas de saúde, realizadas em suas unidades ambulatoriais, hospitalares e complementares, além de instituições parceiras e associadas. Assim, mesmo em tempos de crise, ainda é factível pensar e implementar instrumentos para o aprimoramento dos processos de trabalho na gestão e na atenção à saúde, deixando ainda como marco a valorização e a motivação não só dos servidores em geral, mas também reforçando laços com instituições parceiras e usuários dos serviços de saúde., abrindo caminho para o estímulo, o compartilhamento e a transferência de tecnologias entre os setores e unidades envolvidos. Finalmente agora, em dezembro de 2018, é lançada a versão definitiva do Relatório da Mostra, que pode ser acessado gratuitamente no link ao final. Numa época de descrédito e desvalorização do SUS, como a que vivemos atualmente, nada melhor do que uma notícia dessas para reavivar nossas esperanças em um sistema de saúde cujo oposto é – nunca é demais dizer – a barbárie sanitária. Continue Lendo “O SUS que dá certo (também no DF…)”
